A Sociedade Esportiva Palmeiras foi condenado a indenizar os torcedores do Bahia, Diego Tavares e Bruna Letícia, pela utilização de uma tela de proteção no setor determinado à torcida visitante no Allianz Parque, em partida entre as equipes que aconteceu em 11 de agosto de 2019, válida pela 14ª rodada do Brasileirão Série A.
De acordo com o processo, assinado pela juíza Lívia de Melo Barbosa, a utilização do equipamento no respectivo setor da Arena resultou em uma “visibilidade péssima, o que diminuiu ou inviabilizou usufruir da partida futebolística”. A decisão ainda afirma que a prova documental é o suficiente para a sentença, sendo considerado desnecessário qualquer “produção de prova pericial”.
Em decisão emitida no último dia 5 de abril, o Palmeiras precisará pagar o equivalente a R$ 2 mil aos torcedores do Esquadrão pelos danos causados. O valor deverá ser corrigido monetariamente pelo Índice de preços no consumidor (INPC), a partir da sentença, além de juros legais a contar da citação.
Segundo a sentença, ainda especifica que o valor precisa ser pago a Diego e Bruna dentro de 15 dias, após o trânsito julgado. Em caso de descumprimento do prazo, fica a condenação acrescida da multa de 10% prevista.
“O sentimento é de grande satisfação, mesmo depois de todo esse tempo de espera. Foi a pior experiência que já tive em estádios, me deixou bastante indignado. A tela, juntamente com o sol, tirava quase que 100% da visão. Muita gente que estava lá se revoltou, por isso decidimos procurar os nossos direitos. A situação era tão absurda que eles (Palmeiras) já possuiam um local para reclamações dentro do setor direcionado à torcida visitante, então percebe-se que se trata de algo comum. Vencer essa ação, após quase dois anos, é muito gratificante para mim”, comemorou Diego, em contato com o Portal A TARDE.
A tela de proteção colocada na Allianz Parque possuía o intuito de evitar que a torcida visitante atirasse materiais nos torcedores alviverdes que estariam localizados no anel inferior do estádio.
Dias depois ao confronto, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) chegou a ir no local e uma nova rede foi instalada no mesmo lugar para evitar que seja gerado novos transtornos.