A covid-19 acabou com a vida de um candidato republicano ao Legislativo estadual de Dakota do Norte, mas não liquidou suas aspirações eleitorais. David Andahl morreu no começo de outubro, aos 55 anos, vítima do coronavírus, que se somou a enfermidades pré-existentes. Concorria na lista do partido vermelho pelo oitavo distrito do remoto Estado do norte. As eleições gerais desta terça-feira acabaram lhe dando uma das vagas na Assembleia Legislativa.
O voto postal, que ganhou protagonismo na apuração das eleições presidenciais, também influenciou para que Andahl fosse eleito postumamente para o segundo assento em disputa no seu distrito, segundo o The Washington Post. Muitos eleitores marcaram o nome de Andahl na cédula antes de conhecer seu triste destino.
No começo do ano, Andahl venceu as primárias do Partido Republicano contra o parlamentar republicano Jeff Delzer. Ele havia passado 16 anos trabalhando numa comissão de planejamento do condado de Burleigh, sendo oito deles como seu presidente. O candidato, pecuarista e empreendedor imobiliário, associou-se a outro político, David Nehring, que também foi eleito, para obter respaldos suficientes. Também ostentava o apoio dos dois republicanos mais influentes da sua região, o governador Doug Bourgum e o senador Kevin Cramer, um aliado próximo ao presidente Donald Trump. Cramer se desmanchou em elogios ao pecuarista. Disse apoiá-lo porque, nas suas palavras, eram necessários “mais republicanos de Trump no Legislativo estadual”.
Mas o coronavírus cruzou o caminho de Andahl, que morreu em 5 de outubro, após passar quatro dias internado. Arrastava vários problemas de saúde, que sua família não revelou quais eram ao anunciar sua morte pelo Facebook. Segundo a mensagem publicada em sua conta, o candidato “desejava aproveitar a oportunidade de prestar serviços no Legislativo do Estado”. Era tão apaixonado por seu Estado que inclusive adotou um apelido alusivo a ele: Dave Dakota.
Agora, o Partido Republicano do Estado terá que procurar um substituto em suas fileiras para o posto que Andahl deixou vago, antes que a eleição seja repetida. Foi o que explicou o procurador-geral de Dakota do Norte em um comunicado. O secretário de Estado local detalhou a questão: “Os votos dos candidatos falecidos ou desqualificados devem ser contados como quaisquer outros, e se o candidato em questão vencer a eleição, o resultado é que seu cargo fica vago”.
EL País