Salvador recebe, entre os dias 27 e 29 de maio de 2024, a terceira reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Desenvolvimento do G20. Realizado no Centro de Convenções de Salvador, o evento discutirá as ações do G20 com relação à Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Agenda 2030 é um plano global adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, com 17 objetivos e 169 metas que visam a erradicar a pobreza, proteger o planeta e assegurar prosperidade para todos até o ano de 2030.
A capital baiana ainda deverá sediar outros encontros do G20 em 2024, como o Grupo de Trabalho de Saúde (2 a 6 de junho) e a Reunião Ministerial de Cultura (4 a 6 de novembro). O Brasil assumiu a presidência do G20 em 1º de dezembro de 2023, pelo período de um ano, e colocou na pauta três prioridades: (I) combate à fome, à pobreza e à desigualdade; (II) as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental); e (III) a reforma da instituições de governança global. O G20 reúne as maiores economias do mundo: 19 países, além da União Africana e a União Europeia.
A reunião do GT de Desenvolvimento visa ao avanço nas discussões dos três temas prioritários do grupo: (I) a redução das desigualdades; (II) o acesso à agua e ao saneamento; e (III) a cooperação trilateral para o avanço do desenvolvimento sustentável.
Durante o encontro na capital baiana, o Grupo de Trabalho irá apresentar quatro estudos: o Banco Mundial preparará um relatório sobre políticas de inclusão para Mulheres e Grupos Marginalizados; a Unicef, um relatório sobre o combate à pobreza infantil e às desigualdades por meio de políticas inclusivas; a OIT e o Ipea, um relatório sobre a redução das desigualdades raciais no mundo do trabalho; a Cepal, um relatório sobre o custo das desigualdades.
A ideia é que os estudos possam ser mandatados na reunião de Ministros do Desenvolvimento do G20, que acontecerá em 22 e 23 de julho no Rio de Janeiro, para serem apresentados durante a Cúpula Social do G20 (Rio de Janeiro, 14 a 16 de novembro), que reunirá a sociedade civil, às vésperas da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20.
Outro tema trabalhado no GT é a promoção da cooperação trilateral, modelo que envolve dois ou mais parceiros e pode garantir uma participação maior de cada uma das partes, de forma “que todos se beneficiem conjuntamente”. Esse modelo foge dos arranjos tradicionais de um doador e um receptor de recursos para projetos de desenvolvimento. O Brasil, por exemplo, conta com parceiros tradicionais de cooperação trilateral que também são membros do G20, como a Alemanha, o Japão, a França e o Reino Unido.
Acesso à água e saneamento e o enfretamento ao racismo
O GT de Desenvolvimento do G20 elaborou uma nota conjunta com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério das Cidades sobre possibilidades para o financiamento do acesso universal à água e ao saneamento. No caso do Brasil, de maneira a favorecer prioritariamente o acesso de comunidades indígenas e quilombolas. Nesse contexto, o GT está negociando um “Chamado a Ação” sobre a necessidade de tais investimentos no setor de água e saneamento. Esse “Chamado a Ação” focará nas necessidades de comunidades isoladas e áreas rurais, bem como nas necessidades específicas das mulheres e meninas.
Fonte: Gov.BA