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FUNDADOR DO PSDB SE FILIA AO PSB PARA ESTAR AO LADO DE LULA

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin entra oficialmente no PSB nesta quarta-feira (23), em mais um passo para se tornar candidato a vice-presidente na provável chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano.

O ato de filiação está marcado para as 10h30 na sede da Fundação João Mangabeira, vinculada ao PSB, em Brasília. Alckmin deixou o PSDB em 15 de dezembro passado depois de ficar 33 anos no partido. Na última sexta-feira (18), ele confirmou no Twitter a decisão de ingressar no PSB.

“O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro – PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”, afirmou o ex-governador paulista.

“A política precisa enxergar as pessoas. Não vamos deixar ninguém para trás. Nosso trabalho para ajudar a construir um país mais justo e pronto para o enfrentamento dos desafios que estão postos está só começando”, acrescentou.

Na ocasião, ele ainda citou uma frase de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, na eleição presidencial de 2014: “Não vamos desistir do Brasil”. Campos era candidato pelo PSB e morreu na queda de um avião em Santos, no litoral paulista.

Também na sexta passada, o presidente do partido, Carlos Siqueira, afirmou em entrevista à CNN que Alckmin pode exercer a figura de conciliador em um eventual governo Lula.

Segundo o analista político da CNN Gustavo Uribe, o PT e o PSB avaliam promover o lançamento da dobradinha eleitoral entre Lula e Alckmin no dia 9 de abril.

Entre os tucanos, Alckmin foi vice-governador e governador de São Paulo e duas vezes candidato a presidente.

Nas eleições de 2006, foi ao segundo turno da disputa presidencial e perdeu justamente para Lula. Em 2018, ficou em quarto lugar e não passou do primeiro turno, com 4,76%.

Filiações de senador e vice-governador

No ato desta quarta-feira, o PSB também vai filiar o senador Dário Berger (SC), que deixa o MDB, e o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, que saiu do PSDB.

Berger tenta articular a pré-candidatura ao governo de Santa Catarina. Caso não consiga, pode tentar a reeleição para o Senado – seu mandato termina no começo de 2023.

Brandão deve ser pré-candidato ao governo do Maranhão, com o apoio do atual governador, Flávio Dino, que também ingressou no PSB. Dino foi eleito pelo PCdoB e está no último ano do segundo mandato – não tem direito à reeleição, portanto – e deve tentar uma vaga no Senado.

Siqueira, Dino e os governadores Paulo Câmara (Pernambuco), Renato Casagrande (Espírito Santo) e João Azevedo (Paraíba) devem participar do ato de filiação de Alckmin, Berger e Brandão.

CNN

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