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CASOS DA COVID TRIPLICA NA SERRA PAULISTA

Cidade escolhida para sediar o projeto inédito de vacinação em massa do Instituto Butantan, Serrana, na região metropolitana de Ribeirão Preto, interior paulista, viu o total de casos de Covid-19 triplicar em outubro e apresentar uma preocupante alta em novembro. As mortes em decorrência de complicações da doença, porém, estão estáveis.

A volta à normalidade é o principal motivo apontado pela prefeitura para o aumento de casos do novo coronavírus no município, que projeta vacinar toda a população acima de 18 anos com a dose de reforço em até três semanas.

O chamado projeto S do Butantan consiste em analisar o impacto e a eficácia da vacinação na redução de casos do novo coronavírus e no controle da pandemia. Os participantes serão acompanhados por um ano.

Com a vacinação em massa iniciada em fevereiro com a Coronavac, Serrana viu os casos da doença caírem a partir de abril, mês em que foi concluída a aplicação das duas doses do imunizante nos moradores. Naquele mês, foram 235 casos da doença, ante 692 no mês anterior.

RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – Cidade escolhida para sediar o projeto inédito de vacinação em massa do Instituto Butantan, Serrana, na região metropolitana de Ribeirão Preto, interior paulista, viu o total de casos de Covid-19 triplicar em outubro e apresentar uma preocupante alta em novembro. As mortes em decorrência de complicações da doença, porém, estão estáveis.

A volta à normalidade é o principal motivo apontado pela prefeitura para o aumento de casos do novo coronavírus no município, que projeta vacinar toda a população acima de 18 anos com a dose de reforço em até três semanas.

O chamado projeto S do Butantan consiste em analisar o impacto e a eficácia da vacinação na redução de casos do novo coronavírus e no controle da pandemia. Os participantes serão acompanhados por um ano.

Com a vacinação em massa iniciada em fevereiro com a Coronavac, Serrana viu os casos da doença caírem a partir de abril, mês em que foi concluída a aplicação das duas doses do imunizante nos moradores. Naquele mês, foram 235 casos da doença, ante 692 no mês anterior.

No auge da segunda onda, março tinha registrado 18 mortes na cidade de 46 mil habitantes, pior mês da pandemia, número que caiu para 8 no mês seguinte e que tem apresentado redução gradual.

Foram 7 óbitos em maio, 6 em junho, 2 em julho, 7 em agosto, 4 em setembro, 3 em outubro e 2 neste mês, até sexta-feira (19).

Já em relação aos casos confirmados, após a forte queda os números seguiram estáveis até setembro, mês em que foram computados 179 registros.

Outubro, porém, viu o total de casos mais do que triplicar e chegar a 563, cenário que se repete em novembro, com 449 registros até a última semana –se a média for mantida, superará outubro.

“Avalio como a volta à normalidade da população. As pessoas reduziram a proteção, passaram a ir mais a festas e a terem encontros sociais, tudo contribuiu. O vírus não acabou”, disse o prefeito Léo Capitelli (MDB).

Segundo ele, as vacinas aplicadas pelo Butantan contribuíram para segurar os casos graves e mortes em decorrência da doença, cumprindo o papel para o qual a Coronavac foi desenvolvida.

“Não fosse a vacina, estaríamos muito complicados”, citando que a dose de reforço, que já foi aplicada na população acima de 60 anos e nos profissionais da saúde e da educação, tem dado resultado.

Dados da Secretaria da Saúde mostram que a incidência de casos novos entre pessoas com 60 anos ou mais é ínfima.

A dose de reforço está sendo aplicada com as vacinas disponíveis, não necessariamente com a Coronavac, que norteou todo o estudo do Butantan no município, de acordo com o prefeito.

Como toda a população com mais de 18 anos recebeu as duas doses da Coronavac até o início de abril –ou seja, há sete meses–, todos estão aptos a serem imunizados com a dose de reforço, que começou a ser aplicada nos moradores com idades entre 18 e 59 anos nesta segunda-feira (22), sem escalonamento por faixa etária.

A expectativa é que a imunização seja concluída em até três semanas.

Há oito moradores da cidade internados em hospitais da cidade e da região em tratamento contra a Covid-19, nenhum em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), segundo a prefeitura.

Desde o início da pandemia, Serrana confirmou 5.852 casos do novo coronavírus, com 117 mortes. Na semana em que a vacinação em massa teve início, eram 2.470 casos, com 57 óbitos.

A alta incidência da doença nos primeiros meses da pandemia motivou o Butantan a escolher a cidade para o estudo.

O instituto dividiu 27.160 moradores da cidade (equivalentes a 95,7% da população adulta) em quatro grupos: verde, amarelo, cinza e azul. Cada um deles recebeu a vacina com uma semana de diferença. Após o último grupo receber a primeira dose, a aplicação da segunda dose no primeiro grupo teve início.

Conforme o Butantan, entre os resultados positivos do projeto estão as reduções de hospitalizações, mortes e casos da Covid-19.

Folha Press

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