O taxista João Rodrigues Barbosa, acusado de executar o colega de trabalho, Regivaldo dos Santos Santana, conhecido como “Geni”, de 51 anos, em frente a um centro comercial no bairro Itaigara, foi solto nesta segunda-feira, 15. João Rodrigues, de 60 anos, estava em prisão temporária.
O Portal A TARDE teve acesso ao documento de decisão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, em que consta que João Rodrigues foi solto por causa de “bons antecedentes, idade avançada e estado de saúde”.
“É acometido de doença cardíaca, inclusive com procedimento cirúrgico requisitado, diabetes e hipertensão crônica”, diz o documento. Ainda de acordo com o documento, a prisão temporária de João Rodrigues foi adotada para apurar o crime de “homicídio consumado”.
O taxista tinha sido preso por “motivo torpe” e uso de “recurso que impossibilitou a defesa da vítima”, de acordo com o art. 121, § 2º, I e IV, do Código Penal. João Rodrigues golpeou Regivaldo com uma faca de mesa, o causando hemotórax maciço e secção da artéria aorta.
Em entrevista ao Portal A TARDE, o perito criminal José Carlos Montenegro informou que Regivaldo saiu do carro e chegou a caminhar após ser golpeado, mas não resistiu e caiu no chão.
Apesar da liberdade, a conclusão do caso afirma que João Rodrigues não poderá exercer a mesma profissão, já que “várias testemunhas do fato mencionaram que conhecem o acusado e que trabalham no mesmo local habitualmente frequentado por este, justamente onde o crime ocorreu”. Além disso, o taxista precisa manter “uma distância de 500 metros dos pontos de parada” que sejam próximos ao local em que aconteceu o crime.
Relembre o caso
Regivaldo foi atingido por João Rodrigues, motivado por um desentendimento no mês de maio, segundo informações obtidas pelo Portal A TARDE. O irmão de Regivaldo, Renildo dos Santos Santana, de 50 anos, disse ao Portal A TARDE que os dois discutiram por causa da ordem de carros seguida pelos taxistas, que não foi respeitada por João Rodrigues, o que levou a uma discussão que durou cerca de 30 minutos.
Ainda conforme informações do irmão de Regivaldo, após esse episódio, não houveram mais discussões. “Eu interferi na discussão, mas um taxista [não identificado] chamou o filho dele, e começou outra discussão, dizendo que ia pegar meu irmão”, disse Regivaldo emocionado.
Segundo ele, o irmão marcou para começar as corridas às 13h30 no dia 11 de junho, em um grupo de WhatsApp, em que os taxistas que trabalham no espaço cedido em frente ao prédio comercial, se comunicam.
No entanto, o “guardador de veículos” chamou outro colega que executava a mesma função para avisar que seu irmão tinha sido ferido. “Meu irmão já estava aqui no subsolo morto. Infelizmente hoje ele não vai ser mais taxista, deixou quatro filhos”, disse Renildo.
A Tarde