Hoje é dia de gratidão a Deus pelo livramento (…) Mas também é dia de revolta, indignação e desprezo com a empresa prestadora de serviços à Prefeitura de Jacobina“. Esta foi a forma com que o atleta e professor de educação física Murilo Reis iniciou seu relato do que poderia ter terminado em tragédia, neste fim de semana, na Serra do Tombador, em Jacobina.
De acordo com os relatos, uma van da empresa Coopimonte transportava as delegações de vôlei feminino e masculino de Jacobina para participarem de uma etapa do campeonato regional da modalidade, na cidade de Central, região de Irecê. Mais de 14 pessoas, entre atletas, treinadores e motorista, estavam a bordo da van quando a roda traseira do lado direito se soltou do veículo na Serra do Tombador, que é um trecho da BR-324, e foi parar em uma estrada vicinal longe da rodovia.
Ao Jacobina Notícias, Murilo contou que, felizmente, no momento do acidente a van estava em uma reta e em baixa velocidade por conta da chuva. Contudo, ele relatou que foi um grande susto quando saiu “fogo” da roda que se soltou e o veículo ficou incontrolável. Após o problema, a empresa mandou outra van para transportar as equipes, porém, de acordo com Murilo, este segundo veículo estava sem freio.
O motorista retornou para Jacobina usando o “freio motor” na descida da Serra do Tombador. Em seguia, um terceiro veículo foi enviado e, finalmente, todos seguiram viagem para a cidade de Central. A empresa, que presta serviços à Prefeitura de Jacobina, também é responsável pelo transporte escolar.
“Estávamos indo para Central, para jogar mais uma etapa desse campeonato regional que estamos disputando. Aí, estavam as delegações de vôlei masculino e feminino de Jacobina. Graças a Deus que foi numa reta e estava devagarinho, uns 70 a 80 km/h, porque estava chovendo. O carro saiu jogando de um lado pro outro, e ia passando uma carreta na hora. Deus que nos livrou mesmo. Quando eu olhei para trás, porque eu estava na frente, olhei pelo retrovisor e vi o pneu indo embora e o fogo subindo na pista. A sorte é que não vinha nenhum carro atrás também”, detalhou Murilo ao Jacobina Notícias.
“A gente ficou lá, esperando, aguardando outro carro. Quando chegou, o carro sem freio, o motorista falou que estava sem freio, que não dava pra seguir viagem, não. Ele achava que iria dá problema, que ia tentar voltar devagarinho pra descer o Tombador no freio motor. Tivemos que esperar o terceiro carro”, concluiu.
Jacobina Notícias