A manhã desta quinta (12), segundo dia do Bembé, começou com uma linda palestra da professora Maria Mutti sobre o surgimento do Bembé do Mercado, que aconteceu no museu do Convento dos Humildes.
Segundo a palestrante, “o Bembé vem do candomblé. A festa que é realizada hoje começou em 1889. Vocês têm que comemorar, pois Santo Amaro é o único local no mundo onde se comemora a abolição da escravatura”, destacou Mutti.
A programação da tarde começou com uma roda de conversa no largo do mercado, promovida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, que teve como mediadora Consuelo de Orina.
A mesa foi composta pela secretária da Mulher, Débora Gomes, o coordenador de Igualdade Racial e Gênero, Pai Gilson, a coordenadora de Articulação da Secretaria da Mulher, Mãe Zilda, a técnica da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo de estado,Uiara Lopes e Mãe Manuela.
O bate-papo aconteceu com uma troca muito rica sobre as vivências de cada componente da mesa e dos participantes da roda sobre a força da ancestralidade e suas atuações no candomblé.
Ainda hoje teremos muito mais do Bembé da Resistência, Tradição, Salvaguarda e Ancestralidade.
Prefeitura de Santo Amaro, aqui é trabalho de verdade!
A segunda noite do Bembé do Mercado não poderia ser diferente: muito samba no pé, jogo de capoeira e o rito do Xirê.
O grupo de capoeira do mestre Mandinga mostrou toda cultura e inclusão ao se apresentar com o som do berimbau e das canções entoadas no largo do mercado.
O samba ficou por conta do grupo de sambadeiras Samba das Pretas. Com muito suor e samba miudinho no pé abrilhantaram a noite.
Para o secretário de Cultura, Moysés Neto, “o festejo do Bembé representa muito além do que é visto através das redes sociais. Só quem está ou já passou por essa celebração entende a emoção que é. Nós da gestão Alessandra Gomes planejamos incansavelmente para que tudo isso estivesse acontecendo de 11 a 15 de maio. É emocionante ver o brilho no rosto de nosso povo. Viva o Bembé do Mercado”, falou com alegria o secretário.
A noite foi encerrada com nada mais, nada menos que o Xirê, para que amanhã a celebração comece novamente com muito axé.