O plenário do Senado aprovou o nome do ex-Ministro da Justiça e ex-Advogado Geral da União (AGU), André Mendonça, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) por 47 votos a favor e 32 contra. Mendonça foi indicado em julho pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o cargo deixado pelo por Marco Aurélio Melo que se aposentou este ano após completar 75 anos.
Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa já havia aprovado a indicação por 18 votos favoráveis e 09 contrários.
Apesar de ser bem visto pelos integrantes do STF, havia resistências ao seu nome no Senado devido ao seu perfil conservador e pela grande aproximação com Jair Bolsonaro. Prova fisso foi a demora de quase cinco meses para que o presidente da CCJ, Sen. Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcasse sessão da comissão para sabatinar André Mendonça.
Sabatina
Durante as quase oito horas de sabatina, André Mendonça respondeu a diversos questionamentos sobre porte e posse de armas, liberação do casamento civil para pessoas do mesmo sexo, CPI da Covid e outros temas polêmicos. Sobre algumas falas do presidente da república, o ex-ministro da Justiça e ex-AGU preferiu não se manifestar.
André Mendonça
André Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília. Nos últimos meses, quando estava no comando do Ministério da Justiça, ele se envolveu em polêmicas ao utilizar a Polícia Federal para perseguir opositores do governo, por meio da abertura de inquéritos com base na Lei de Segurança Nacional. Até o momento, todas as investigações abertas pela PF a pedido de Mendonça contra críticos do presidente foram arquivadas.
Segundo o Correio Braziliense, ele é visto entre os colegas como um homem de fé, mas que não costuma misturar os versículos da Bíblia com os artigos da Constituição. No entanto, este costume foi quebrado nos últimos meses, quando ele chegou a usar trechos do livro sagrado aos cristãos como argumento em processos
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