A skatista Rayssa Leal, vencedora da medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio, tenta anular três registros da marca “Fadinha do Skate” no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Os pedidos de registro foram feitos em setembro de 2019 por uma empresa de odontologia de Imperatriz, mesma cidade da adolescente, e concedidos no início de 2020. No segundo semestre do ano passado, a skatista entrou com um pedido de anulação.
O pai de Rayssa contratou um escritório especializado em marcas e patentes, que afirmou no recurso ao Inpi que os registros foram feitos sem o consentimento da garota e utilizando o apelido amplamente conhecido no país e no exterior. O objetivo é mostrar que a atitude feriu a Lei da Propriedade Industrial.
Rayssa ganhou projeção nas redes sociais quando criança ao fazer manobras nas ruas de Imperatriz vestida com uma roupa da personagem Sininho. A partir de então, ela passou a ser conhecida como “Fadinha do Skate”.
A RRS Odontologia Ltda, cujo nome fantasia é Clínica Sorriso Fácil, tem o registro da marca para três áreas: vestuário, serviços médicos e entretenimento, o que inclui também competições esportivas. Procurada, a empresa afirma que iniciou uma parceria com Rayssa há algum tempo e que por isso os registros foram feitos, sem fornecer maiores detalhes. A companhia não comentou a disputa com a atleta no Inpi.
Segundo Clodoaldo Rodrigues de Oliveira Neto, agente da propriedade industrial que representa Rayssa, tanto não houve autorização da atleta à empresa para a realização dos registros que nenhum documento nesse sentido foi anexado ao processo.
O Inpi deverá deliberar nas próximas semanas sobre o pedido de anulação.